As fintechs estão mudando tudo que conhecemos sobre dinheiro, logo estão mudando o mundo corporativo. Entenda neste artigo o que são fintechs e startups e descubra como aproveitar na sua empresa os impactos que elas estão causando.
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A origem da palavra fintech vem da mistura de duas palavras inglês financial (financeiro) e technology (tecnologia). A partir disso podemos imaginar o que é uma Fintech: empresas que apostam em tecnologia de ponta para revolucionar o modo que pensamos nas finanças.
No Brasil em 2020 havia 500 fintechs nacionais, sendo a maior parte delas na indústria de pagamentos, mas elas oferecem produtos variados, como contas digitais, seguros, crédito pessoal, câmbio, criptomoedas.
Todas são caracterizadas pelo uso intensivo de tecnologias, cuja finalidade é agregar valor no contexto financeiro, criar um produto com custos reduzidos e oferecer uma experiência mais satisfatória.
Geralmente essas empresas são startups que oferecem um serviço inovador do ponto de vista do consumidor.
O que são Startups?
Para entender o conceito de fintech é importante entender o conceito de startup. Nem todas as startups são do setor de finanças e nem todas as fintechs são startups.
Muitas pessoas acreditam que startups são versões pequenas de grandes empresas, o que é um engano.
A diferença entre startups e empresas tradicionais não são facilmente definidas, mas existem alguns fatores que podem nos ajudar a compreender melhor o conceito por trás delas.
Startups são empresas que nascem com o intuito de trazer soluções para problemas ou desenvolver um novo produto e criar oportunidades que sejam replicáveis, além de economicamente sustentáveis, a partir da premissa de que o mercado é volátil.
Ao criar um novo produto as startups buscam o MVP (produto mínimo viável), que é o menor esforço que pode ser feito ao desenvolver um produto que seja satisfatório para o consumidor. Assim é possível obter mais informações sobre o mercado, economizando recursos financeiros, materiais e tempo.
Para isso, muitas vezes são feitas pesquisas, apoiadas no conceito de que as respostas não são dadas pelos gestores, mas pelo mercado. Baseado nessas informações, o produto inicial pode ser aprimorado de acordo com as dores do consumidor.
Enquanto empresas tradicionais focam na execução de um modelo de negócio, as startups buscam criar novos modelos. Existem startups de tamanhos diversos, que buscam inovações em muitos ramos distintos, como alimentação, entretenimento, imobiliário, e-commerce e tantos outros.
Nem todas as fintechs são startups, apesar de muitas delas pertencerem à categoria. As que se encaixam no modelo apresentam soluções voltadas para o cliente: ao invés de fazê-lo se adaptar ao seu produto, adaptam o produto ao cliente.
Transformação dos serviços financeiros
Ao longo da última década muitas novidades chegaram ao mercado de serviços financeiros.
Com a evolução da tecnologia o mercado começou a ter acesso a ferramentas que nem mesmo as instituições bancárias possuíam. Os resultados de tais mudanças é visto no comportamento do regulador, que aumenta a competição, de empreendedores, que precisam melhorar seus serviços e produtos, e do consumidor, que tem acesso a diferentes experiências.
Podemos citar o exemplo de contas digitais, que ao excluir o atendimento presencial eliminou inconvenientes para seus clientes, como filas, deslocamento e burocracias. Ao mesmo tempo, conseguiu um grande corte de gastos, que tornou possível oferecer contas gratuitas com benefícios semelhantes aos bancos tradicionais.
Tipos de fintechs
A cada ano mais fintechs são lançadas no país, sendo a maioria no ramo de pagamentos. Quais são alguns dos principais tipos de fintechs?
Fintechs de pagamentos:
A maior variedade é neste ramo. Sua meta é facilitar pagamentos de todas as formas e ao compararmos a forma que fazíamos nossos pagamentos há alguns anos conseguimos ver as profundas mudanças de comportamento que elas trouxeram. Esperar um boleto chegar via correio, para então ir à uma agência e pegar longas filas é algo que não faz mais sentido.
Fintechs de crédito ou empréstimo
Mudar a forma que os empréstimos eram feitos no Brasil era necessário. Juros abusivos, contratos sem transparência, atendimento ineficaz e marketing tóxico. Sem o foco nas necessidades do cliente o mercado cresceu sem levar tais aspectos em consideração.
Apostar em uma estrutura enxuta, que preza pela agilidade nas análises, avaliação de riscos baseadas em dados e autoatendimento ajuda o mercado a criar novas soluções que gerem lucro para as empresas e atendam às necessidades do consumidor.
Fintech de crowdfunding
Tirar os sonhos do papel é uma etapa dura para empreendedores de primeira viagem, pela falta de recursos financeiros. As fintechs de crowdfunding focam em apresentar soluções para que apoiadores ajudem na concretização de produtos e serviços pelos quais têm interesse.
Fintechs de gestão financeira
A falta de acesso à educação financeira no Brasil é um desafio a ser superado. Até lá, essas fintechs encontraram uma maneira didática para ajudar. A proposta desse tipo de serviço é ajudar as pessoas a se organizarem melhor, usando tecnologia que vai bem além as antigas planilhas excel.
O público empresarial não foi deixado de lado. Diversas soluções de gestão de finanças facilitam o dia a dia dos departamentos administrativos de microempresas às gigantes multinacionais. Na CLT Contabilidade indicamos algumas dessas ferramentas, que influenciam a velocidade e a qualidade do trabalho.
Fintechs de venda de produtos digitais
Cursos online e ebooks são alguns dos produtos que viraram os queridinhos durante a pandemia. Uma ferramenta que facilite a distribuição, venda e pagamentos faz muito sentido para um mercado tão aquecido, certo?
Fintechs de investimento
As fintechs de investimentos surgiram a partir da demanda de facilitar o acesso ao mercado de investimentos a um novo perfil. A desburocratização e independência de bancos permitiu serviços mais acessíveis, práticos e que podem ser geridos rapidamente.
Quais são as vantagens de fintechs?
As principais vantagens das fintechs são os clientes, tanto pessoas físicas quanto empresariais, que passaram a ter acesso a serviços sem burocracias, mais econômicos, voltados às suas reais necessidades, com transparência e democratização de produtos financeiros.
Muitos produtos são voltados para as PMEs (Pequenas e Médias Empresas), como por exemplo as máquinas de pagamento e pagamento online seguro que ficaram acessíveis às PMEs e possibilitaram que muitas vendas fossem efetivadas por apresentarem facilidade no pagamento.
Isso significa que as corporações tradicionais ficarão para trás? Não. As grandes empresas de finanças estão se adaptando e criando novos produtos voltados para o novo cenário, visto que contam com uma ampla estrutura tecnológica e expertise que permitem mudanças rápidas.
Fintechs são confiáveis?
Por cuidar de nossos investimentos, é comum nos perguntarmos se podemos confiar em empresas novas, que usam tecnologias que não entendemos muito.
A resposta é: bom, depende.
É importante lembrar que as fintechs são reguladas pelo Banco Central e pelo Conselho Monetário Nacional, mas com uma legislação mais branda, que permite custos menores. A regulamentação tem como objetivo reforçar a proteção aos clientes.
Entre todas as empresas há algumas que não são confiáveis, nem regulamentadas e outras que são golpes. As fintechs não estão excluídas dessa regra.
Ao escolher uma empresa, pesquise sobre ela, veja quais são as reclamações e se há processos em aberto no Procon. Para descobrir se é golpe, verifique seu CNPJ, razão social e regulamentação no site da Receita Federal.
Escolher uma fintech para cuidar das suas finanças pode parecer complexo e delicado, portanto, é preciso ter cuidado e ter muitas informações disponíveis para que você faça a melhor escolha.
Quer conhecer mais ferramentas que facilitam a sua gestão e geram economia de recursos? Confira sete ferramentas que mudam como é feita a gestão das empresas.
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